Carequinha era o nome artístico de um dos palhaços mais famosos e admirados do Brasil, que nasceu como George Savalla Gomes, na cidade de Rio Bonito, interior do estado do Rio de Janeiro, no dia 18 de julho de 1915, numa família circense dos trapezistas Lázaro Gomes e Elisa Savalla.
Por muito pouco Carequinha não nasceu em pleno picadeiro e desde que nasceu começou a conviver com todo o clima do circo e aos cinco anos de idade começou a participar dos espetáculos e aos 12 anos já era o palhaço oficial do Circo Ocidental, que pertencia ao seu padrasto.
Por volta de 1938 começou a cantar na Rádio Mayrink Veiga no Rio de Janeiro dentro do programa do Picolino e nos anos 50 chegou a televisão, onde se tornou o primeiro palhaço a ter um programa somente dele denominado “Circo Bombril” que depois passou a ser chamado de Circo do Carequinha e ficou comandando esse programa na TV Tupi por aproximadamente 16 anos.
Também se apresentou em outras emissoras como a TV Piratini, TV Curitiba e TV Gaúcha entre outras. Em 1976 o cineasta Roberto Machado Junior fez um documentário sobre ele, onde participou também como roteirista. Na década de 80 comandou o programa Circo Alegre na extinta TV Manchete. Em sua vida de artista fez um pouco de tudo e até trabalhou na novela As Três Maria e também dentro da Escolinha do Professor Raimundo, e seu último trabalho foi na minissérie Hoje é Dia de Maria em 2005.
Carequinha morreu em São Gonçalo, Rio de Janeiro no dia 5 de abril de 2006 e sempre manifestou a vontade de ser enterrado com a cara pintada, mas esse pedido foi recusado pela família, porém foi sepultado vestindo uma roupa de palhaço.
Carequinha deixou um vasto repertório musical de sucessos como “Sapo Cururu”, “Marcha Soldado”, “Escravos de Jô” e o “Bom Menino”, entre várias outras. Antes de morrer recebeu uma condecoração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas será sempre lembrado por sua alegria e seu imenso amor pelas crianças: “Ta certo ou não tá?” como dizia o seu refrão mais conhecido.
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